Um blogueiro na Inglaterra não obteve sucesso em processo  em que solicitava indenização por danos morais causado por um dos netos do escritor J. R. R. Tolkien que indignado com a acusação de abuso sexual feita pelo blogueiro a um de seus familiares deixou um comentário ofensivo no blog.

Blogueiros podem ser responsabilizados mesmo por conteúdos criado por terceiros, inclusive por ferramentas como o contador de dias corridos.

A Corte de Justiça de Queen’s Bench negou a existência de danos e a indenização pois entendeu que por ter mantido o comentário no blog, respondendo-o apenas três horas depois de ser enviado demonstrou seu consentimento com a publicação, para afastar sua responsabilidade pela manutenção dos comentários no site o blogueiro alegou que não o apagou para que não ficasse prejudicada a compreensão do que havia ocorrido.

Este caso noticiado pela ConJur chama a atenção para possíveis ocorrência dessa natureza no Brasil e abre espaço para uma breve reflexão sobre a responsabilidade sobre o conteúdo.

Contamos, por aqui, com a ata notarial, lavrada por escrivão, consiste em uma “inspeção” ao site onde relatará tudo o que se encontra lá, de forma que mesmo que o comentário seja apagado o blogueiro poderá comprovar possível ofensa à sua honra ou imagem.

Quanto a responsabilidade do autor do blog, para indenizar em caso de danos , caso um dos leitores sinta-se ofendido com algum comentário surgindo uma questão complicadora a mais, a liberdade de expressão.

Os blogs passaram a ser ferramentas democráticas exatamente por permitirem interação entre os leitores e destes com o autor dos textos, assim ainda que determinado usuário sinta-se ofendido cremos que não se deva retirar o comentário que gerou a insatisfação, pela simples reclamação, a não ser que, no entender do blogueiro, estes sejam visivelmente ofensivos, podendo então ser responsabilizado pelos danos morais causados.

Quando chegou ao Brasil com seus smartphones, a Asus sofreu com a desconfiança. Muita gente sequer imaginava que a empresa produzia telefones, Asus por aqui sempre foi sinônimo de hardware para computadores, principalmente placas-mãe e de vídeo. Como seria sua chegada a um mercado tão concorrido e saturado? A estratégia da empresa foi fornecer produtos com bom acabamento, hardware potente e preço abaixo da concorrência, proporcionando bom custo x benefício. Ela tenta repetir a fórmula com o Zenfone 2, um brutamontes em todos os sentidos, por dentro e por fora. E o preço? Certamente abaixo do que se poderia esperar por um aparelho tão robusto. No caso de compra por internet, não se esqueça de acompanhar a entra utilizando o rastreamento correios.

Já havia passado minhas impressões iniciais do Zenfone 2 aqui nesse post. Mas agora, vamos ao que interessa. O tal do Zenfone 2 é mesmo isso tudo que andam falando por aí? Vale a pena investir o seu dinheiro nesse aparelho? Acompanhe o review e veja o que nós achamos.

Design e acabamento

O design do Zenfone 2 é bastante elegante e sóbrio. Mudou um pouco em relação aos Zenfones 5 e 6, tornando-se mais arredondado e confortável. O aparelho é gigantesco, com tela de 5’5″ mas que com as bordas bastante largas o deixa com um tamanho maior que o esperado. A tela é excelente e além de resolução fullhd, possui uma densidade de pixels bem maior que a do iPhone 6, apenas para comparação. A proporção tamanho x tela também é melhor e chega a quase 71% no Zenfone 2.

No conteúdo da caixa, o Zenfone 2 traz um carregador inteligente que permite carregamento em alta velocidade. Isso significa mais bateria em menos tempo de carga, excelente pra quando você está de saída e só tem aqueles 5 minutinhos pra carregar o celular um pouco mais. Para quem curte ouvir música, infelizmente ele não vem com fone de ouvido de fábrica, mas isso não chega a ser um problema.

Para quem tem mãos pequenas, o Zenfone 2 precisa ser manuseado com cuidado, pois o tamanho pode atrapalhar um pouco. A pegada é boa e ele é bastante confortável de usar, mas nem pense em usar com apenas uma das mãos o tempo todo, mesmo quem tem mãos grandes. Algumas mudanças foram o botão do Power em cima (eu particularmente não gostei) e os botões de volume atrás, que achei estranho mas depois entendi, eles ficam exatamente onde normalmente está o seu indicador segurando o aparelho. Fica bem fácil de usar.

Hardware

A Asus pegou pesado quando o assunto é hardware. Além do processador Intel Atom de 2,3Ghz, o Zenfone 2 conta com simplesmente 4GB de Ram. Isso é mais do que muitos notebooks vendidos no mercado. Tanta memória significa que você poderá usar mais aplicativos abertos ao mesmo tempo sem sofrer com engasgos. Isso se mostra claramente no dia a dia. A câmera traseira possui 13MP e a frontal 5MP.

No quesito armazenamento, o Zenfone 2 tem 16 ou 32GB de espaço, mas pode ser expandido em até 64GB com um cartão MicroSD. Isso significa que espaço também não será exatamente um problema nele, já que o investimento num cartão de memória em geral é bem baixo. Você pode encontrar facilmente um de 32GB por menos de 40 reais. Nesse modelo a bateria não é removível.

Software

A chamada ZenUI é a modificação que a Asus fez na interface tradicional do Android. Nesse caso, a customização é extrema, transformando o Android por completo. Na essência, o sistema é o mesmo, mas a aposta da Asus é entregar uma experiência de uso diferente, com melhorias e aplicativos para facilitar a vida do usuário. Isso tem pontos positivos e negativos. Eu não sou fã de muita customização. Há várias coisas inteligentes na ZenUI, mas sou bem purista e quanto menos mexido o Android, pra mim, melhor. Mas em que pese isso, o desempenho do Zenfone 2 não é comprometido pela customização. E a Asus tem feito um bom trabalho com relação a atualizações.

Um dos pontos positivos é que pelo menos visualmente, o padrão adotado pela Asus agrada aos olhos, apesar de parecer poluído em alguns momentos.

Câmera

Um dos grandes trunfos do Zenfone 2. Para o usuário padrão, a câmera é até mais do que suficiente para as fotos do dia a dia. É possível fazer excelentes fotos em boas condições de luminosidade. Os 13 megapixels da câmera funcionam muito bem ao que se propõe. Assim como qualquer outro smartphone top de linha, em condições de baixa luminosidade é possível tirar fotos razoáveis dependendo da sua paciência. Abaixo você confere algumas fotos tiradas com o Zenfone 2.

Se você procura uma boa câmera em um smartphone, certamente não irá se decepcionar com as fotos produzidas pelo Zenfone 2.

Bateria

A bateria tem um tamanho considerável, com 3000mAh de capacidade. Mas por ter tantos recursos e uma tela enorme, ela pode lhe deixar na mão de vez em quando. Nos testes que eu fiz, em modo hard user, era comum ficar com a bateria em torno de 10% no fim da tarde. Em uso moderado, é possível chegar a noite com carga suficiente para usar por 1 ou 2h e por no carregador antes de dormir.

O que eu costumo dizer é que a bateria não é “deal breaker” na hora de escolher um smartphone top. Todos tem durabilidade semelhante. E considerando a facilidade para recarregar, ficar sem bateria é mesmo para quem gosta de viver perigosamente. É possível recarregar no carro, no trabalho ou mesmo com uma bateria externa. A própria Asus vende a ZenPower por R$98,00 com mais de 10000mAh de carga, ou seja, são mais de 3 cargas completas no Zenfone 2. Ficar sem bateria é para os fracos.

Resumindo: a bateria dá conta do recado e ainda é possível recarregar de forma rápida com o carregador que vem com o aparelho, compensando em parte a sua durabilidade.

Conclusão

Dentro dos smartphones top de linha do mercado, o Zenfone 2 certamente é um dos melhores. Seus principal destaque é o hardware extremamente potente, além do preço, o que o torna medalhista no quesito custo x benefício. Há poucas opções no mercado em que se pode dizer que ao comprar você estará fazendo um negócio tão com quanto com o Zenfone 2.

Dito isso, nosso veredito é que não só compraríamos como indicamos fortemente o Zenfone 2.