Textões, Nostalgia e Polêmicas: Uma Viagem pelos Anos 80 e o Universo do Facebook

O textão, para quem não sabe, é um fenômeno que ganhou força com o surgimento do Facebook. É aquela longa dissertação sobre temas variados — muitas vezes sem embasamento — recheada de opiniões que ninguém pediu. Um espaço onde cada linha é um desabafo, uma provocação ou, simplesmente, uma catarse.

Embora haja quem critique, o textão é uma expressão legítima da liberdade de expressão. Curiosamente, muitos que se dizem a favor dessa liberdade são os primeiros a criticar um textão alheio. Contraditório? Talvez. Mas aqui fica o recado: Free textão!

Se você acha que o mundo hoje gera discussões acaloradas nas redes, imagine como seria se algumas pérolas dos anos 80 surgissem hoje. A enxurrada de textões seria épica, talvez suficiente para resolver o problema do abastecimento do Sistema Cantareira. Vamos relembrar alguns desses fenômenos que, sem dúvida, seriam combustível para debates intermináveis:

1) Cigarrinhos de Chocolate

Sim, um doce em formato de cigarro, destinado a crianças. E como se não bastasse, a embalagem trazia um menino negro segurando o cigarro. Hoje, isso renderia textões infindáveis sobre racismo, apologia ao tabagismo e marketing irresponsável.

2) Mamonas Assassinas

A banda mais irreverente dos anos 90 deixou um legado de músicas cheias de duplo sentido e coreografias icônicas. Imagine uma criança de 5 anos dançando ao som de “me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém”. Pois é… material perfeito para debates fervorosos nas redes.

3) Xuxa

Se Xuxa surgisse hoje, seria o alvo principal dos textões. Com músicas controversas e dicas questionáveis, como ensinar errado a escovar os dentes, a Rainha dos Baixinhos teria sua carreira dissecada e julgada em tempo real.

4) Os Trapalhões

Considerado o programa da família brasileira, Os Trapalhões estavam longe de ser politicamente corretos. Piadas que hoje seriam consideradas ofensivas passavam batido, mas, nos dias de hoje, certamente gerariam debates acalorados.

5) Chaves

A vila mais famosa da TV é um prato cheio para textões sobre desigualdade social, bullying e estereótipos. Quem nunca viu o Quico zombar do Chaves por não ter o que comer, ostentando um sanduíche na mão? Hoje, a discussão seria sobre privilégio e empatia.

A Tabela Fipe e o Fenômeno dos Textões

Assim como a tabela fipe define os preços dos carros e orienta negociações, os textões do Facebook balizam debates sociais. Ambos são referências em seus universos: enquanto a tabela estabelece parâmetros objetivos, o textão dá voz às subjetividades e indignações do momento.

Felizmente — ou não — muitas dessas coisas surgiram em um tempo sem redes sociais. Mas fica a reflexão: será que o mundo era mais leve ou apenas menos vocal? E você, já escreveu ou curtiu um textão hoje? Afinal, a liberdade de expressão é como um carro avaliado na Tabela Fipe: cada um sabe o valor que tem.